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Coleção: Cristina Cenciarelli
Nasci em Roma e comecei a fotografar aos vinte anos, com trinta quis fazer da minha paixão uma profissão. Estudei publicidade e fui morar em Nova York por um ano, trabalhando como assistente em um estúdio. Em Roma fui fotógrafa publicitária, de teatro, books e minhas fotos profissionais apareceram em várias revistas europeias e italianas. Minhas fotos autorais foram expostas em galerias e produzidas em portfólios de edições limitadas. A primeira vez no Brasil, em 1985, fotografei o trabalho dos boias-frias, para um documentário. Publiquei um livro sobre a mulher no cinema.
Quando me mudei para Boipeba, em janeiro de 2003, entrei no Brasil com toda minha vida “passada” dentro de duas malas: joguei fora, vendi e dei de presente o que sobrou, também meu caminho fotográfico. Para recomeçar tudo, de novo.
Em Boipeba, demorei dois anos para saber o que queria da ilha nas minhas imagens. Entendi quando os nativos começaram a abrir as portas das casas, me permitindo conhecer suas vidas: de fotógrafa de modelos e atores, me transformei em retratista de pessoas que quase não conheciam o próprio rosto. Fundei com amigos nativos a Associação Cultural e, dedicada à parteira mais antiga da ilha, a biblioteca, que ganhou o Prêmio Mais Cultura da Fundação Pedro Calmon e da Secretaria de Cultura da Bahia.
No Brasil, participei de exposições, fui convidada a dar palestras apresentando meu trabalho sobre Boipeba. Minhas fotos fazem parte de coleções privadas. A Marinha do Brasil me homenageou como “Artista do Ano” por meu trabalho fotográfico e cultural sobre o mar.
Fui convidada a fazer parte do acervo permanente do Museu da Fotografia Pierre Verger, em Salvador.
Integro o grupo Fotógrafas Brasileiras, com quem participei do Festival Internacional de Fotografia de Paraty. Fui convidada a expor na bela Galleria Centoforini, Civitanova, com outros quatro grandes fotógrafos brasileiros.
Sou filha privilegiada de dona Oxum, orixá das águas doces.
Continuo fotografando a poesia cotidiana de Boipeba.