Exposição Encontro do Sol com a Lua no Farol da Barra - Solisluna 30 anos

Exposição Encontro do Sol com a Lua no Farol da Barra em Salvador, Bahia.

Mostra realizada pela Solisluna, em cartaz na sala de exposições temporárias, no Museu Náutico da Bahia

Como parte das comemorações dos 30 anos, a Solisluna Editora realiza a  Exposição Encontro do Sol com a Lua, em cartaz até 17 de dezembro, no Museu Náutico da Bahia, Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador. A inauguração foi na quinta-feira (16) e contou com a presença de autores, amigos e parceiros, além de artistas que têm obras expostas. 

A Exposição Encontro do Sol com a Lua é fruto do concurso de ilustração produzido pela editora, também na esteira dos eventos comemorativos. Dele, participaram artistas visuais brasileiros e estrangeiros e, ao final, foram escolhidos 30 trabalhos. A mostra possui uma versão on-line no site. 

O tema ‘Encontro do sol com a lua’ impulsionou Bruna Martins, 27 anos, de São Paulo, a participar do concurso: “É um acontecimento carregado de diversas mitologias, crenças e simbolismos, e foi algo que me trouxe várias ideias e imagens logo de início! Além disso, pensei que era uma boa oportunidade de expandir meu trabalho, caso fosse selecionado”. Formada em arquitetura e urbanismo, ela ficou em terceiro lugar e prestigiou a abertura da exposição. 
Ilustradores

Também estiveram presentes no evento os artistas selecionados Cajila Barbosa, Lara Robatto, Esteban Vivaldi e Tamara Noel. 

O vencedor do concurso, Bruno de Almeida, 28, não pôde comparecer, mas está cheio de expectativas. Nascido em Muzambinho, interior de Minas Gerais, o designer acredita que a mostra é uma ótima oportunidade para que sua arte chegue a mais pessoas: “Fico muito feliz em poder ocupar um espaço acessível ao público. A visibilidade para uma obra de autor é muito importante, mas a minha grande felicidade é poder imaginar que tantas outras pessoas podem conhecer esse trabalho. A democratização da arte e do meu próprio trabalho é a expectativa para essa nova fase”. 

Desde a faculdade de artes visuais, finalizada em 2006, Letícia Graciano, 37, de Sorocaba (SP), tinha como sonho ser ilustradora. A carreira profissional seguiu para o caminho da educação, mas, agora que foi selecionada em segundo lugar, ela pretende investir mais na área. “Acredito que, aliado a outros acontecimentos da vida, funciona como uma força para seguir no ofício, seguir fazendo e estudando ilustração”. 

A arte de Pedro Silvio Campos foi tão interessante, que os jurados tiveram que criar a categoria Prêmio Especial do Júri. Prestes a concluir o curso de design gráfico, o rapaz de 26 anos tem muitos planos para a carreira, a partir de agora: “A iniciativa desse concurso é fundamental, pois permite que o mercado conheça diversos artistas ilustradores, e abre portas para novas conexões e intercâmbios. Acredito também que o concurso pode contribuir com a publicação de livros autorais que tenho guardados na gaveta”.

 

SUCESSO 

Sócia-criadora da Solisluna, Valéria Pergentino confessa que a participação das pessoas no concurso surpreendeu. Foram 419 inscritos. “Nossas expectativas eram as melhores e incluíam alcançarmos um grande número de ilustradores, afinal, a proposta era de abrangência internacional e todas as culturas do mundo têm suas histórias e mitos sobre o sol e a lua. Porém, os resultados foram além do esperado”, garante. “Foi bacana ver a ousadia dos artistas, bem como a transcendência do tema nos trabalhos apresentados. Identificamos mais de 25 tipos de técnicas utilizadas, tudo com muita qualidade”, comemora.

 

O JÚRI 

Os trinta trabalhos da Exposição Encontro do Sol com a Lua foram selecionados por um júri especializado, formado por profissionais da editora - Valéria Pergentino; o artista visual Enéas Guerra e a designer Elaine Quirelli; e pelos artistas visuais Goya Lopes, Ciça Fittipaldi e Rico Lins. 

Veterana das artes visuais, Goya Lopes ficou feliz com o que viu: “Quanta criatividade junta, espalhada por esse mundo afora! Os trabalhos foram muito significativos. O nível era alto, com muita diversidade.  Todo mundo dentro do tema, mas cada um com a sua narrativa, com suas características específicas. Eles estavam empenhados para o concurso”, destacou a designer e ilustradora, que conferiu de pertinho os trabalhos expostos. 

Atuando há 50 anos na área, Ciça Fittipaldi comemorou o convite para compor o júri: “Achei muito bonito comemorar o aniversário da editora dessa maneira. Me senti contente e honrada em ter sido convidada para participar desse momento de júbilo, de festejo, de memória”. Também chamou a atenção da experiente ilustradora a qualidade dos trabalhos inscritos: “Fiquei muito impressionada com o domínio do uso de ferramentas digitais por pessoas de mais idade, mas, principalmente, o domínio das linguagens não-digitais por pessoas que pintam, que desenham muito bem, independente da existência dos programas de computador. Foi muito legal observar isso”. A idade média dos participantes era de 40 anos. 

Responsável por ilustrar obras de medalhões da literatura infantojuvenil brasileira, como Ana Maria Machado e Ruth Rocha, além de seus próprios livros, a maior dificuldade para Rico Lins foi selecionar apenas 30 desenhos. “As abordagens foram muito diferentes. Não eram antagônicas, mas complementares. O desafio foi definir uma estratégia para escolher entre tantos trabalhos, porque a participação foi imensa, e eu tinha que fazer sem me perder. Acho que, no final, conseguimos. Fiquei bem satisfeito com o resultado”.

 

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